Fique atento aos obstáculos de logística internacional ao exportar!
A logística internacional e a alta nos custos do frete têm impactado negativamente as empresas, tanto na importação como na exportação.
Os principais problemas para os exportadores brasileiros
Uma pesquisa, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostrou que a alta dos preços dos combustíveis está no topo dos principais problemas enfrentados pelos exportadores brasileiros, além do câmbio volátil, as barreiras existentes no comércio global e os custos Brasil.
Apesar do aumento do frete ser um dos principais problemas para importadores e exportadores, nas exportações, o segundo principal problema é a falta de contêineres, apontado por 80% das empresas altamente impactadas, de acordo com a pesquisa da CNI. A indisponibilidade de navios ou falta de espaço nos mesmos, e também o cancelamento de embarques programados, é o terceiro principal problema, que atinge 76% dos exportadores.
Além disso, as dificuldades com a suspensão de escala se mostra um problema para 58% das empresas exportadoras afetadas, o que acarreta em outros custos adicionais e impacta a operação como um todo.
A pandemia e a desordem do transporte marítimo
No ano de 2021, ainda devido às consequências causadas pela pandemia, essa desordem no transporte marítimo internacional acirrou a disputa por espaços nos navios e elevou muito o valor do frete, conforme já citamos anteriormente, causando problemas como suspensão e adiamento dos envios de contêineres carregados.
Essa situação gera um problema na cadeia toda, resultando em descumprimentos de contratos e outras dificuldades para os exportadores.
É preciso estar atento, pois a maioria das empresas são afetadas por essas condições de logística do mercado, independente do tipo de contêiner utilizado. No caso do Brasil especificamente, essa indisponibilidade de contêineres é agravada pelo fato do país estar longe das principais rotas de navegação.
Por fim, a pesquisa elaborada pela CNI revela que essa crise logística, que se iniciou nas rotas vinculadas à China no começo da pandemia, foi se estendendo para outros tráfegos ao longo dos mais de dois anos vividos nesse cenário.
A crise tem relação direta com as suspensões e atrasos nos serviços marítimos, preço do combustível, congestionamento nos principais portos e outros custos operacionais.
Mesmo passada a fase mais aguda da pandemia, os impactos ainda são sentidos em diversos setores, e com o mercado marítimo não é diferente.
Mudanças no mercado marítimo
Para finalizar, existe também uma boa notícia. Com o surgimento do novo Portal Único do Comércio Exterior, o tempo de desembaraço das exportações caiu de 13 para menos de 5 dias. Com isso, a economia com menos atraso chega a US$30 bilhões por ano.
Daqui para frente, o plano é manter o otimismo e aguardar as novidades que chegarão em 2023, depois da virada de ano. Por aqui, continuaremos falando sobre o mercado marítimo e todos os impactos gerados para o comércio exterior.
Para maiores detalhes sobre o impacto negativo da logística internacional no comércio exterior brasileiro, acesse o relatório de outubro de 2022 da CNI.
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