Queda da Selic: entenda os impactos dessa redução
Se você está acompanhando as notícias sobre economia, provavelmente já ouviu falar da queda da Selic. O Banco Central aprovou, no dia 2 de agosto, o primeiro corte na taxa de juros em três anos. Afinal, quais são os impactos dessa decisão? Continue lendo para entender!
A taxa Selic
A Taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela é definida pelo Comitê de Política Monetária (COPOM), que é responsável por estabelecer as diretrizes da política monetária no Brasil. A Taxa Selic é utilizada como referência para diversas operações financeiras no país, tendo um impacto significativo na economia e nos mercados financeiros.
A principal função da Taxa Selic é controlar a inflação e manter a estabilidade econômica. Quando o Banco Central do Brasil aumenta a Taxa Selic, os empréstimos e financiamentos tendem a ficar mais caros, o que pode reduzir o consumo e conter a demanda por bens e serviços.
Por outro lado, quando o Banco Central decide reduzir a Taxa Selic, os empréstimos e financiamentos tendem a ficar mais baratos, estimulando o consumo e a captação de recursos para investimento pelas empresas.
Cenário atual
A última vez em que o BC havia reduzido a Selic foi em agosto de 2020, quando a taxa caiu de 2,25% para 2% ao ano. Depois disso, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas – em um ciclo que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis – e, a partir de agosto do ano passado, manteve a taxa em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.
Agora, os juros caíram para 13,25%, e para a próxima reunião, os novos cortes podem chegar a 0,5% também. O Copom avalia que este será o ritmo adequado para controlar a inflação.
Essas decisões podem ter impactos significativos no orçamento da população brasileira, pois a queda da Selic estimula a economia. Afinal, juros menores barateiam o crédito, incentivam a produção e, consequentemente o consumo, resultando em mais emprego e recuperação da economia. A expectativa do mercado é que essa taxa continue em queda nos próximos meses.
Como a taxa Selic influencia o Comércio Exterior?
A taxa Selic pode influenciar o comércio exterior brasileiro de várias maneiras, tanto direta quanto indiretamente, principalmente através de seus impactos na economia doméstica.
Câmbio: A taxa Selic tem influência sobre a taxa de câmbio do país. Se a taxa de juros aumenta, os investidores estrangeiros se sentem mais atraídos a investir no país, o que pode atrair fluxos de capital estrangeiro e aumentar a demanda pela moeda local, valorizando-a em relação às outras moedas. Uma moeda mais forte pode tornar as exportações do país mais caras no exterior.
Financiamento: A taxa Selic afeta o custo de financiamento das empresas, incluindo aquelas envolvidas no comércio exterior. Se a taxa de juros aumenta, os custos de empréstimos e financiamentos podem subir, impactando os negócios que dependem de crédito para operações de exportação e importação.
Inflação: A política monetária influenciada pela taxa afeta a inflação e o nível geral de atividade econômica. Uma taxa Selic mais alta pode ser usada para controlar a inflação, mas também pode desacelerar o crescimento econômico, isso gera impacto nas demandas interna e externa por produtos. Se a economia está desacelerando, a demanda por importações também pode diminuir, afetando o comércio exterior.
Investimentos Estrangeiros Diretos: A taxa Selic também pode influenciar os investimentos estrangeiros diretos (IED) no país. Taxas de juros mais altas atraem investidores internacionais em busca de melhores retornos em suas aplicações financeiras.
Portanto, a taxa Selic não afeta diretamente o comércio exterior, mas sua influência na economia doméstica, nas taxas de câmbio, nos custos de financiamento e nas condições gerais de negócios podem ter implicações significativas nas atividades de comércio internacional de um país.
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