Drex: como vai funcionar a moeda digital? Entenda os possíveis impactos para o comércio exterior

Drex: como vai funcionar a moeda digital? Entenda os possíveis impactos para o comércio exterior

Drex: como vai funcionar a moeda digital? Entenda os possíveis impactos para o comércio exterior

O Banco Central divulgou oficialmente, no último dia 07/08, o nome do “real digital”, o Drex, a moeda digital do Banco Central – CDBC (Central Bank Digital Currency).

O projeto surgiu em 2020 e, desde então, tem ganhado força. Agora, nessa nova fase de batismo oficial, o Banco Central divulga também os próximos passos e datas para que o funcionamento se inicie. Preparamos este artigo para falar um pouco mais sobre essa novidade. Será que o Drex poderá impactar o comércio exterior? Continue lendo para entender como a moeda funcionará!

 

Como funcionará o Real Digital?

O Drex é a moeda brasileira (real) em sua versão digital basicamente, mas com capacidade de programação, ou seja, ele poderá ser convertido para qualquer outra forma de pagamento nas transações do dia a dia, como acontece com a moeda que já conhecemos no caso do uso do Pix.

Mais do que uma moeda digital, o Drex pretende ser uma infraestrutura que integra, pela primeira vez em um só lugar, tanto dinheiro quanto ativos financeiros, como ações, debêntures, títulos públicos e até certificados de propriedade de imóveis e automóveis.

Desde março, simulações e testes estão sendo feitos pelo Banco Central, com a colaboração de bancos organizados em consórcios com empresas do setor de ativos digitais. A previsão para o lançamento da novidade é entre o fim de 2024 e o início de 2025.

 

Qual a diferença entre o Drex e criptomoedas?

O Drex não é uma criptomoeda como as que existem atualmente, ele será uma moeda nacional. 

Entre as principais diferenças, estão que a regulamentação e o controle da moeda virtual brasileira ficarão a cargo do Banco Central,  enquanto as criptomoedas têm uma gestão descentralizada e emissão privada.

Além disso, o Drex também não será volátil — ficará sempre em paridade de 1 para 1 com o R$.

 

Quem poderá usar o Drex?

O Drex é um sistema que pretende facilitar o acesso do consumidor pessoa física a serviços financeiros e ativos tokenizados, mas a moeda digital emitida pelo BC em si, a princípio não poderá ser usada diretamente pelas pessoas nem pelas empresas. Só quem terá Drex, com emissão e garantia do BC, serão os bancos e instituições de pagamentos do sistema financeiro.

De acordo com o Banco Central do Brasil, os serviços financeiros inteligentes, por serem automatizados, programáveis, padronizados e conduzidos de forma segura dentro da Plataforma Drex, abrirão espaço para novos provedores de serviços financeiros e novos modelos de negócios. Dessa forma, a criação do Drex reduzirá os custos de transações financeiras tradicionais e inovadoras, favorecendo, em última instância, a democratização financeira.

Os consumidores e empresas terão acesso a um token de real que, na prática, será um depósito bancário como os atuais, mas na versão tokenizada. A diferença é que o risco desse token é da instituição emissora; em caso de quebra, o usuário tem acesso às proteções contratuais e do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

O que isso significa? Basicamente, o sistema financeiro continuará a funcionar como ocorre hoje: o cliente tem seu dinheiro, coloca em um banco (o valor depositado passa a ser do banco, que passa “dever” esse dinheiro ao cliente), e este faz as movimentações a pedido do cliente.

Além disso, é provável que o uso dessa moeda digital traga custos ao consumidor. Em uma transmissão ao vivo no YouTube nesta semana, Fabio Araujo, coordenador do Drex no BC afirmou: “O Drex sempre está associado a um serviço financeiro. Então, essa prestação de serviço tem lá seu custo de operacionalização e o lucro de quem oferece esse serviço. É natural que os custos da plataforma sejam parte desse serviço”.

 

Como isso pode impactar o comércio exterior?

Será que essa novidade vai facilitar ou não as transações do mercado internacional? Por enquanto, ainda não conseguimos dizer se isso irá impactar o comércio exterior ou não, mas seguiremos atentos às novas etapas para entender o funcionamento da moeda digital e trazer novas informações em primeira mão por aqui. Caso tenha alguma dúvida ou queira se aprofundar neste tema, fale com a Ocean360 (contato@ocean360.com.br).

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